segunda-feira, 28 de julho de 2008

Entrevista com Maurice Benayoun | 10.julho.2008 | Paris, Franca

Maurice Benayoun é um dos pioneiros mídia-artistas, cujos trabalhos têm sido vistos e honrados no mundo todo. Seu trabalho emprega diferentes mídias, incluindo a combinação delas, tais como vídeo, realidade virtual, web, tecnologia wireless, performance, instalações interativas, em larga escala e no espaço público. Durante os anos 1980 Benayoun dirigiu video-instalações, e curtos filmes sobre artistas contemporâneos, como Daniel Buren, Jean Tinguely, Sol LeWitt e Martial Raysse. Esse trabalho introduziu o conceito de “Situação”. Desenvolvido posteriormente pelo artista em outras mídias como meios de expandir o entendimento de contextos simbólicos através da imersão em ambientes multimídia. Com o intuito de explorar o potencial das ferramentas artísticas emergentes ele funda em 1987 o Z-A, um laboratório de computação gráfica e realidade virtual, que se tornou o lugar de muitos trabalhos premiados. Por mais de 15 anos, o Z-A foi dedicado à exploração de novos territórios na área de animação computacional, interatividade e gráficos gerados em tempo real. Em 1998 foi premiado com o Golden Nica no Ars Electronica na categoria Arte Interativa, pelo seu trabalho World Skin. Juntamente com The Tunnel, este trabalho foi considerado pela crítica como uma autêntica apropriação artística da tecnologia, introduzindo o conceito de situação simbólica. Os trabalhos mais recentes desenvolvem a idéia de “fusão crítica”, através da mistura simbólica entre ficção e realidade com o propósito de tornar visível o “mundo real”. Na busca pelos limites do que se chama de “arquiteturas da comunicação”, Benayoun se envolveu em diversas exibições em larga escala, eventos e projetos de arquitetura. “The Navigation Room” (1997) e “The Membrane” (2001) — os quais introduziram o conceito de "organic exhibition design" — foram criados para a Cité des Sciences de la Villette. The Navigation Room é provavalemente a primeira exibição em rede que propunha, através de uma interface inovadora, visitas e conteúdos altamente personalizados e, The Membrane foi uma superfície que respirava e sentia a presença dos visitantes, criando um diálogo entre o público e a exibição. Atualmente se ocupa da exibição permanente no Arc de Triomphe em Paris, como encarregado de transformar o significado do monumento, na direção de uma reflexão de uma aqruitetura simbólica. Desde 1984 Benayoun leciona video arte-mídia na Université de Paris 1 (Panthéon-Sorbonne). Foi artista-residente na Ecole Nationale Supérieure des Beaux Arts e é co-fundador e diretor artístico do centro de pesquisa CITU (Création Interactive Transdisciplinaire Universitaire) das Universités Paris 1 e Paris 8, dedicado à pesquisa e criação de formas artísticas emergentes.

O arquivo de áudio da entrevista será disponiblizado em breve.

Entrevista com Peter Matussek | 28.junho.2008 | Düsseldorf, Alemanha

Peter Matussek é desde 2003 professor de história e teoria e prática da escrita para o seminário alemão no curso de estudos da ciência das mídias e ciência cultural na Heinrich Heine Universität Düsseldorf. Ele pesquisou estudos alemaes, filosofia e teoria educacional em Hamburg e Bombay. Em seguida trabalhou como jornalista computacional e desenvolvedor de software e finalmente, também como consultor e organizador de colóquios interdisciplinares para aplicação das mídias digitais na área de humanidades para a DFG (Deutsche Forschungsgemeinschaft) e para o ministério de pesquisa federal. Entre 1991 e 1993, ele foi membro do conselho e gerente de projeto do Kulturwissenschafltichen Institute no science centre North Rhine-Westphalia. Depois, até 1999 foi assistente científico no seminário científico-cultural da Humboldt Universität Berlin. Desde 1999 ele trafega pela área de investigação de 'cultures of the Performativen' no projeto 'Computer as a commemorative theatre'. O principais focos de suas publicações e palestras são história da cultura, história das mídias e pesquisa em mídia-antropologia.
Arquivo de áudio da entrevista.

iMAL - interactive Media Art Laboratory | 23.junho.2008 | Bruxelas, Bégica

Fundado em 1999 por artistas independentes, produtores de mídias, designers de interação, engenheiros de softwares e pela NICC (associação belga pra artistas visuais), o iMAL (interactive Media Art Laboratory) é uma associação sem fins lucrativas fundada em Bruxelas com suporte financeiro da Communauté française de Belgique com o objetivo de apoiar formas e práticas artísticas que usam o computador e tecnologias em rede como meio de criação.
O iMal é uma laboratório e local de trabalho para artistas em residência, apoiando artistas em suas experimentações e processo de pesquisa, bem como na difusão de seus trabalhos. Em outubro de 2007 o iMal inaugurou seu novo espaço em Bruxelas (Bélgica), um centro para cultura digital e tecnologia e para o encontro entre inovações artísticas, científicas e industriais, além de estar envolvido em projetos interdisciplinares em que a expressão digital potencializa de modo significativo a dança, o teatro e as artes visuais.
Desde 2001 o iMal produz workshops profissionais voltados para pessoas de áreas criativas (artistas, designers, desenvolvedores…) sob a direção de artistas renomados, como Casey Reas, David Rokeby, Jasch e Julian Oliver) e eventos públicos com o intuito de aumentar o conhecimento da audiência em relação ao uso criativo e crítico das tecnologias da informação.
Os trabalhos artísticos co-produzidos pelo iMal são exibidos e performados em diferentes festivais e centros: CONTinENT (Helsinki, 2000), Helsinki (Kiasma, 2003), Madrid (VIDA, 2003), Los Angeles (AIM iV, 2003), Stuttgart (Filmwinter, 2004), Lisboa (Alkantara, Close Encounters III, 2006), Amsterdam (Victorian Circus at Brakke Grond, 2006), Basle (Viper, 2006), Montréal (Temps d’Images, 2007), São Paulo (FILE, 2007), Ghent (Almost Cinema at Vooruit, 2007), Shanghai (eArts/Ars Electronica, 2007), Londres (Sum/Some of the PARTS, 2007).

Entrevista com o diretor Yves Bernard:
parte 1
parte 2

ZKM: geschlossen!

Infelizmente a entrevista com Peter Weibel foi cancelada por sua secretária dias antes da minha chegada em Karlsruhe. Insisti que iria, mesmo sem a entervista pois gostaria de ver o museu. E, para o meu azar maior, a entrevista estava agendada para uma segunda-feira, dia em que o ZKM está fechado! Cogitei ficar mais uma dia na cidade, mas na terca-feira o ZKM também está fechado! Humpf!
Conheci o hall, a lojinha (também fechada), o banheiro (com parte de uma instalacao) e por fora uma das salas de exibicao, cujas paredes de vidro permitiam que se visse o pessoal limpando o espaco. A foto ao lado é da instalacao "Toillet at ZKM" de Jonas Dahlberg, que discute o espaco privado. Ao lado da porta de entrada do banheiro vê-se um monitor com a imagem da maquete que está lá dentro. Os detalhes do modelo sao idênticos ao real!
Agora estou tentando com a secretária que ele me responda as questoes por escrito. Mas ela já disse que acha muito difícil. Eu também. Mas nao custa tentar. Muita pretensao?!